Camarassauro


© Raúl Martín
Grupo de Camarassauros
 
O Camarassauro foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu no fim do período Jurássico. Media cerca de 15 metros de comprimento e pesava cerca de 19 toneladas. O nome camarassauro ("lagarto câmara", como visto anteriormente) é em virtude das câmaras de ar que este dinossauros possuía em suas vértebras e que, provavelmente, serviam para reduzir seu peso. Os camarassauros conseguiam erguer-se facilmente sobre as pernas traseiras atingindo uma altura de quase 10 metros, eles faziam isso para comer as folhas das árvores mais altas e/ou as folhas das copas das árvores. Segundo alguns estudiosos, para se defender os camarassauros usavam as patas dianteiras, dotadas de garras, e o seu longo rabo. O camarassauro viveu na América doNorte, embora existem fortes vestígios de que também tenha vivido na Europa. 

© James Gurney
Detalhe do corpo do Camarassauro

Cada pé gigante deu cinco dedos, com o dedo do interior com uma garra grande afiado para a auto-defesa. Como a maioria dos saurópodes, as pernas da frente eram mais curtas do que as patas traseiras, mas a posição elevada dos ombros, teria sido pequeno declive na parte traseira. Em alguns saurópodes, houve ausência das projeções de cada vértebra, mas a ausência de tais estruturas da coluna vertebral de Camarasaurus sugere que não foi capaz de elevar-se sobre as patas traseiras. 

© Dmitry Bogdanov
Grupo de Camarassauros correndo de um possível ataque predador

As vértebras foram, no entanto especializadas. Servindo ao propósito de peso de poupança, como visto em muitos saurópodes mais tarde, algumas das vértebras foram escavadas. Esse recurso pode ter contribuído para o nome de "lagarto com câmaras". Como um elefante moderno, o Camarasaurus parece ter tido uma cunha do tecido esponjoso na base do calcanhar, para suportar o peso de uma criatura tão grande. O pescoço e o contra-balanceamento da cauda eram mais curtos do que o habitual para um saurópode deste tamanho. O Camarasaurus, novamente como alguns outros saurópodes, tinha um alargamento da medula espinhal perto do quadril. Paleontólogos acreditavam inicialmente que existia um cérebro segundo, talvez necessário para coordenar uma criatura tão grande. 

© Dk 
Detalhe do corpo do Camarassauro

Dados do Saurópode:

Nome científico: Camarasaurus supremos, C. grandis, C. lentos, C. alenquerensis e C. lewisi
Tamanho: 15 metros de comprimento
Peso: Cerca de 20 toneladas
Onde viveu: América do Norte
Quando viveu: Jurássico
Dieta: Herbívoro


Postosuchus


© BBC

Postosuchus era um dinossauro basal que viveu no que é hoje a América do Norte durante o meio até o final do Período Triássico.Era um ser Rauisuchia, um primo de crocodilos e veio do mesmo ancestral dos dinossauros. Seu nome significa "crocodilo de Post", em homenagem ao Quarry Post no Texas, onde muitos fósseis do gênero foram encontrados. Foi o predador dominante de sua área, durante o Triássico, maior do que o pequeno dinossauro predador de sua época: o Coelophysis. Ele era um caçador que provavelmente caçava dicinodontes e muitas outras criaturas menores que ele.

© Ivan Stalio

O Postosuchus era um réptil quadrúpede com um crânio largo e uma longa cauda. Este carnívoro atacado com suas grandes garras curvas. Media cerca de 4,5 metros de comprimento e foi sustentado por pernas colunares (uma característica bastante incomum em répteis). Um crocodilo com o focinho repleto de muitos dentes afiados, os quais eram usados para matar suas presas. Possuia placas em suas costas que formaram um escudo defensivo.

© Nobu Tamura

O esqueleto do postosuchus correspondia ao de um ágil quadrúpede que também conseguia levantar-se e correr com as patas posteriores, mais robustas e compridas do que as anteriores. Os ossos que formavam a articulação da bacia com a pata ofereciam fortes pontos de inserção a poderosos músculos que lhe permitiam uma passada energética. A coluna vertebral era muito resistente na região do pescoço, sustentando o poderoso crânio.


Dados do Réptil:

Nome científico: Postosuchus
Tamanho: 4,5 metros de comprimento. 
Peso: Cerca de 1 toneladas. 
Onde viveu: América do Norte 
Quando viveu: Período Triássico.
Dieta: Carnívoro



Fóssil revela possíveis cores das penas de dinossauros



 
Estouro de Terizinossauros em cima de um bando deSinosauropteryx
© Luiz Rey

O grifo era uma animal fabulos, metade águia, metade leão. A fera rugia com uma enorme bocarra leonina, enquanto sacudia a juba negra e alçava voo com seu corpo de águia, estendendo suas asas imensas e exibindo garras afiadíssimas. O grifo fazia parte da mitologia dos antigos persas, há 2.500 anos. Em 2010, a realidade superou a ficção. Imagine um ser bípede, meio réptil meio ave. Suas mandíbulas ainda possuem presas, mas começam a assumir a forma de um longo bico afilado. O bicho tem o tamanho de um dálmata, só que desprovido da adorável pelagem branca pontilhada de manchas negras. Pelos são exclusividade dos mamíferos, o que não é o caso desse bicho. Apesar de tecnicamente tratar-se de um réptil, o animal não tem as escamas de uma cobra nem a couraça de um crocodilo, muito menos a carapaça de uma tartaruga. O animal (ainda) não é uma ave e, portanto, não é dotado de asas, mas possui pés de uma descomunal galinha, e é todo emplumado, da cor do gengibre. No topo do cocuruto exibe uma crista majestosa que causaria inveja ao último dos moicanos. E a cauda, comprida como a dos cangurus, é coberta por uma espessa penugem colorida, formando um padrão anelado que alterna tons de gengibre e creme – remetendo imediatamente aos apêndices peludos dos lêmures de Madagascar. Só que o bicho não é sul-americano nem africano. Ele é um dinossauro chinês. Seu nome é Sinosauropteryx prima, o “primeiro lagarto chinês emplumado”.
Fóssil do Sinosauropteryx
© Peter Moon

Antes do Sinosauropteryx, os dinossauros não tinham cor. Seus fósseis podiam ser descomunais como o crânio de um tiranossauro ou delgados e delicados como os ossos petrificados dos primos alados dos dinossauros, os pterossauros. Mas um fóssil é uma pedra. O fóssil é a representação na rocha de um organismo que um dia existiu, morreu e teve as células do seu esqueleto (mas também, em circunstâncias muito raras e especialíssimas, dos órgãos internos, do couro e das penas) substituídas por minerais. Por isso, os fósseis não têm cor. Sua tonalidade vai do branco-gesso ao negro-carvão. Qualquer coloração do espectro que adornava os animais extintos e fugia da monotonia monocromática da ausência ou do excesso de negro se perdeu ao longo do processo de fossilização. Este era um dogma da paleontologia. Este dogma vingou por 200 anos. Caiu em desuso semana passada, com a descoberta dos pigmentos cor de creme e de gengibre do Sinosauropteryx. “Eu sempre disse aos meus alunos que existia um monte de coisas que nós podíamos aprender com os dinossauros,” conta o inglês Mike Benton, um dos líderes da pesquisa e paleontólogo da Universidade de Bristol. “Duas coisas que nunca poderíamos saber eram os sons que produziam e quais as suas cores. Eu estava errado.”
Reconstrução do Sinosauropteryx
© Julis T. Csotonyi

Os restos do Sinosauropteryx foram descobertos em 1996, na província chinesa de Liaoning. O animal viveu no período Cretáceo, há 125 milhões de anos. Os paleontólogos do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de vertebrados, em Pequim, ficaram boquiabertos com o estado de preservação do bicho. Podiam-se ver as impressões das magníficas penas que cobriam seu corpo. Foi o primeiro dinossauro com penas preservadas. O achado deu impulso aos defensores da hipótese de que os dinossauros não se extinguiram há 65 milhões de anos. Um ramo deles, os terópodes, bípedes e carnívoros cuja maior estrela é o tiranossauro rex, sobreviveram até nossos dias como aves. A teoria surgiu nos anos 1970, quando ficou evidente que os ossos da bacia de dinos e aves eram parecidos. Desde o Sinosauropteryx, vieram à luz outros fósseis para reforçar a hipótese, como aves com dentes e dinos com asas. Em 2007, americanos extraíram DNA do fêmur de um T-rex. Parecia DNA de galinha.
Sinosauropteryx provavelmente em ritual de acasalamento
© Imagem divulgada pela Revista Época

O impulso final para fazer da teoria um fato foi a descoberta das cores do Sinosauropteryx. Tudo começou em 2006, com o estudo de uma lula fóssil feito por Jakob Vinther, na Universidade Yale. À luz do microscópio, Vinther identificou no saco de tinta da lula a existência de microesferas. Eram idênticas aos melanossomas, estruturas de pigmento das lulas vivas. Mas melanossomas são responsáveis pela cor de muitos animais, incluindo aves. Ao investigar uma pena fóssil de 47 milhões de anos, Vinther viu melanossomas iguais aos dos estorninhos, passarinhos de um escuro iridescente.

Fóssil reforça o parentesco entre dinos e aves




A tese de que parte dos dinossauros não acabou, mas evoluiu e se transformou em aves, está se tornando cada vez mais comprovada. A descoberta de um pequeno fóssil na China reforça a teoria. Já batizado de Haplocheirus sollers, ele é um réptil parente próximo dos primeiros pássaros, e ajuda a esclarecer algumas lacunas do elo perdido entre dinossauros e pássaros. O réptil descoberto é da família dos alvarezsaurídeos, um grupo semelhante às aves, mas que não se transformou nelas. A novidade é que o H. sollers é 63 milhões de anos mais velho que os seus familiares conhecidos. “É como encontrar um parente perdido há muito tempo”, compara o cientista Jonah Choiniere, da Universidade George Washington, nos EUA, em entrevista ao G1.

Com a descoberta, publicada na revista "Science", o fóssil se torna o ancião dos alvarezsaurídeos, e por consequência o bicho de sua família mais próximo do grupo maniraptora, o ramo evolutivo dos dinossauros que inclui as aves. A reconstituição feita pelos cientistas mostra que oH. sollers era parecido com um avestruz, mas com um rabo comprido. O bicho viveu há cerca de 160 milhões de anos, no período jurássico superior, e tinha entre 190 e 230 centímetros de comprimento. No lugar do bico, levava pelo menos trinta pequenos dentes presos aos maxilares.


Confuciusornis



 
© Paleofrance

O Confuciusornis foi uma ave do tamanho de um corvo, que viveu na China, no início do Período Cretáceo há mais de 120 milhões de anos. Ele se empoleirava em árvores, comia plantas e se reproduzia em colônias de centenas de indivíduos. Algumas aves (provavelmente machos) tinham penas longas na cauda, possivelmente para a exibição, enquanto outras (provavelmente as fêmeas) eram menores, com caudas muito mais curtas.
© Scan Rárisson Jardiel

O Confuciusornis voava mais vigorosamente do que o Archaeopteryx, mas mostrava uma estranha mistura de características avançadas e primitivas. Seus dedos com garras, esterno achatado, pulsos, cintura pélvica, e pernas fizeram os cientistas lembrarem do Archaeopteryx. Características mais recentes incluíam seu peito mais alto, coracóide (um osso do ombro) com o formato de uma barra, bico córneosem dentes e pigostilo que é uma cauda reduzida formada por ossos fusionados. Alguns cientistas colocam o Confuciusornis em um grupo de aves chamado Pygostylia.
 
© Frederik Spindler

Dados da Ave:

Nome científico: Confusiusornis sp.
Tamanho: Até 60 cm de comprimento
Onde viveu: Leste da Ásia
Quando viveu: Início do Cretáceo
Dieta: Provavelmente plantas.

Liopleurodon



 
© Ivan Stalio

Hoje a postagem será sobre o vencedor da enquete: O Liopleurodon, que é conhecido popularmente como Liopleurodonte e é o maior carnívoro conhecido que já existiu na Terra. Tinha quatro nadadeiras grandes que o tornava um nadador poderoso. Possuía uma boca enorme com 3 metros de comprimento e dentes que se assemelhavam à presas de elefante. Com quase 25 metros de comprimento, o Liopleurodon tinha quatro membros com forma de remo, que tornavam o liopleurodon um poderoso nadador. Recentes estudos no crânio de um Liopleurodon mostraram que ele possuía um sentido direcionado de olfato, duas câmaras distintas no nariz agiam como um par de orelhas indicando com precisão a fonte de um odor, sendo isto um sistema sofisticado de rastreamento, semelhante ao Kronosaurus.
© Ghedoghedo

O Liopleurodon  era um animal extremamente territorial, que comeria qualquer coisa que se movimenta-se; mas até mesmo esses gigantes marinhos tinham seus dias de caça, pois muitos desses animais, em suas travessias marítimas acabavam encalhando em praias e servindo de alimento para os carnívoros carniceiros terrestres da época. 
© BBC

Seus fósseis são relativamente comuns e bem preservados em diversos depósitos marinhos ao longo da Europa. Os Liopleurodons pertenciam ao grupo dos pliossauros, que por sua vez eram um grupo de plesiossauros, que são um grupo de répteis que voltaram ao mar. Os Plesiossauros apareceram no período jurássico que rapidamente se dividiu em dois grupos principais: Cryptoclidus, e  Pliossauros como Liopleurodon.
Liopleurondon do documentário Walking with Dinosaurs
© BBC

Em 1999, Liopleurodon foi destaque em um episódio da série de televisão da BBC Walking with Dinosaurs. No programa, Liopleurodon foi retratado atacando e devorando o Eustreptospondylus, dinossauroterópode, antes de se tornar encalhado durante um tufão e sufocando-se sob seu próprio peso.
 
© Nobu Tamura

A representação do Liopleurodon pular para a terra a fim de capturar presas terrestres é totalmente especulativa, e os produtores do programa indicados no comentário para o lançamento do DVD da série, dizem que este comportamento foi inspirado pelo de orcas. O tamanho de Liopleurodon em Walking With Dinosaurs, que retrata um animal en de 25 metros, não é considerado para ser exato para qualquer espécie de Liopleurodon. Em seu Meg novela 2009: Hell's Aquarium, autor de ficção científica Steve Alten incluído um Liopleurodon na trama. Alten tomou várias liberdades criativas, como o anúncio comprimento do animal em 122 metros e representa a criatura com guelras.
Liopleurodon do Documentário
© BBC

Dinossauros anões: estudo explica porque alguns são assim


Comparação: a esquerda Zalmoxes e à direita o Magyarosaurus
Em vermelho as espécies da ilha e em cinza as do continente
© Simon Powell/ Bristol University

Quando falamos em dinossauros a maioria das pessoas lembra dos répteis gigantescos que um dia habitaram a Terra, mas geralmente não para para pensar que eles eram apenas animais, como qualquer outro que existe atualmente e estavam sujeitos à doenças, parasitas, fome, sede, necessidade de habitat adequado entre outras coisas e isso força os animais em geral a adaptar-se para evitar a extinção da espécie. Alguns dinossauros fizeram isto, adaptaram-se à vida em ilhas, tornando-se menores. Veja como os paleontólogos explicam isto a seguir.

Durante o Cretáceo, entre 70 e 65 milhões de anos atrás, a Europa estava em boa parte coberta pelo oceano e no meio do continente havia um arquipélago de ilhas que hoje corresponde à Romênia, sendo que tais ilhas eram habitadas por diversos animais. Entre os bichos que viveram lá, estavam dinossauros, que estranhamente são bem menores que os animais do continente. Saurópodes do grupo dos Titanossauros na maior parte são grandes, mas uma espécie em particular, o Magyarosaurus, que viveu naquelas ilhas, era pequeno, menor que 10 metros.

Os pesquisadores chamam o local de Ilha Hateg e estimam que sua extensão era de 80 mil km², que hoje fornece diversos fósseis, entre dinossauros, aves, Mamíferos, anfíbios e outros animais. O estudo foi feito por Mike Benton, da Universidade de Bristol, em conjunto com uma equipe de pesquisadores da Romênia e de outros países.
Mas eles não são os primeiros a falar em dinossauros anões, pois o Barão Franz Nopcsa tinha propriedades na região e escavava fósseis, comparando-os aos de animais do continente, o que o levou a perceber que os animais eram praticamente iguais, ou pelo menos muito semelhantes, porém os animais das ilhas eram muito menores, com metade do tamanho dos continentais.

Benton e sua equipe analisaram o Magyarosaurus e dois Ornitópodes, o Telmatosaurus e o Zalmoxes e perceberam que todos são anões se comparados aos exemplares correspondentes encontrados no continente. Mas você poderia imaginar que os fósseis são pequenos porque pertenciam a animais jovens, que morreram ainda filhotes. Os cientistas pensaram nesta possibilidade e providenciaram testes dos ossos e comprovaram que são mesmo animais adultos, totalmente desenvolvidos.
Como aquele local era uma ilha, os animais estavam isolados do resto do mundo em um pequeno espaço e segundo os paleontólogos, animais grandes só tem dois caminhos a seguir quando confinados em um local pequeno: a extinção da espécie ou a adaptação.
Pelo visto estes animais conseguiram adaptar-se, e a estratégia que a natureza seguiu foi diminuir seu tamanho. Foi uma seleção natural, pois os animais pequenos comem menos e precisam de menor território para viver, ou seja, a natureza fez com que os animais menores sobrevivessem porque a comida ali disponível era suficiente para estes, enquanto que os animais maiores da mesma espécie iam morrendo porque precisavam de maior quantia de alimento. Quanto mais animais pequenos sobreviviam, mais descendentes pequenos nasciam e isso com o decorrer de um longo tempo transformou os animais da ilha em miniaturas dos animais do continente.
Como os animais acabaram presos na ilha ainda é um mistério, mas pode ser que ficaram isolados com uma subida repentina do nível do mar ou se alguns acabaram nadando até lá, podendo talvez terem sido arrastados pela correnteza.
Esta notícia até me lembra do documentário do Discovery Channel, Dino Planet, cujo episódio intitulado "A Viagem de Pod" é focado em uma viagem de um Pyroraptor, que acidentalmente é carregado para a ilha e ali encontra os incomuns dinossauros anões. Vale a penas assistir, recomendo.