Os ventos da mudança


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Há anos os astrônomos sabem que um buraco negro supermassivo cresce em paralelo à evolução da sua galáxia hospedeira. Conforme a matéria cai em uma espiral em direção ao buraco negro central, uma boa parte é literalmente assoprada de volta com a ação de ventos poderosos. A grande questão até agora era: essa matéria devolvida à galáxia poderia alterá-la de alguma maneira?

Até agora, apenas os buracos negros supermassivos encontrados nas galáxias gigantes no centro de grandes aglomerados se mostravam capazes de mudar a forma da galáxia através de jatos intensos. Só que casos como esses são raros, poucos buracos negros teriam esse poder todo e, por consequência, poucas galáxias seriam deformadas a partir de dentro.
Mas e o caso de buracos negros de uma classe mais modesta de massa, mais comuns no universo? Será que o vento ou o jato emitido do buraco negro teria energia suficiente para também deformar suas galáxias hospedeiras? Se isso for verdade, a classe de galáxias “autodeformadas” seria muito maior. Mas será mesmo?
Dan Evans e seus colegas do MIT mostraram em uma palestra esta semana no Havaí que sim! A ideia foi comprovada com a observação de NGC 1068, uma das galáxias mais próximas e brilhantes que tem um buraco negro em processo rápido de crescimento. Mesmo tão próximo (uns 50 milhões de anos-luz), foram necessários 5 dias e 2 horas de observação com o Chandra, um telescópio espacial de raios X. No centro dessa galáxia existe um buraco negro com o dobro da massa do buraco negro central da nossa galáxia, que pode ser considerado de tamanho bem comum.
As imagens em raios X mostram um vento intenso originado no centro da galáxia com velocidade de 1 milhão e meio de quilômetros por hora. Provavelmente, o vento é criado conforme o gás é acelerado e aquecido quando espirala em direção ao buraco negro. Uma parte do gás cai no buraco, mas outra parte escapa como vento.
As imagens do Chandra são profundas o suficiente para mostrar que esse gás ultrarrápido tem energia suficiente para carregar matéria equivalente a várias estrelas como o Sol a uma distância de 3.000 anos-luz do centro. Tanta massa assim, a uma velocidade tão alta, interrompe a formação de estrelas e muda completamente o aspecto da galáxia. Isso é mostrado em parte por esta imagem, que combina raios X (Chandra), rádio (VLA) e óptico (Hubble): o tal jato de 1 milhão e meio de km/h está bem destacado no centro, como um lança chamas.
Se esse buraco negro é bem parecido com o buraco negro da Via-Láctea e causa esse estrago todo, isso também poderia ocorrer na nossa galáxia? Sim, poderia, é questão “apenas” de alimentá-lo. A boa notícia é que não há sinais de que ele esteja se banqueteando.

A Via-Láctea é canibal (e gosta de engolir anãs)

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A teoria diz que o universo é formado, em sua maioria, por galáxias pequenas. Na verdade, é formado preferencialmente por pequenas galáxias. As grandes seriam formadas pela fusão de pequenas e, posteriormente, pelo canibalismo das galáxias pequenas pelas maiores. As galáxias maiores seriam então bem mais novas. Essa teoria é conhecida como formação “de baixo para cima” e, se for verdade, seria possível encontrar vestígios das que se fundiram ou foram engolidas pelas maiores.
Os vestígios são estrelas pobres em metal. Para astrônomo, metal é qualquer elemento químico mais pesado que hidrogênio e hélio. As estrelas mais antigas formadas no universo só tinham gás, basicamente formado de hidrogênio e hélio, formados no Big Bang. Como as galáxias pequenas (na verdade as galáxias anãs) foram formadas com estrelas velhas, elas não podem ter elementos químicos pesados. Em outras palavras: elas são pobres em metais.
As estrelas pobres em metais são o elo perdido na formação de galáxias grandes. Então, se as grandes galáxias se formam a partir das galáxias anãs ricas em estrelas pobres em metais, “basta” encontrar essas estrelas para comprovar a teoria. “Basta”, então, procurar uma estrela pobre em metais no meio de 10.000 estrelas ricas em metais. Essa é a principal dificuldade em se comprovar a teoria de formação de baixo para cima, desde que foi proposta em 1978. Na verdade, estrelas pobres em metais são encontradas na Via-Láctea, mas não nas galáxias anãs vizinhas. Então, a teoria não funciona?
Um artigo publicado ontem (8) na revista Nature por um grupo de pesquisadores do Instituto Carnegie dos EUA mostra que não. Uma estrela pobre em metais foi encontrada na galáxia anã de Sculptor, a 280 mil anos-luz de distância. Essa estrela tem uma abundância de metais 100 mil vezes menor que o Sol. Na última década, buscas por estrelas como essa em galáxias anãs vizinhas tinham falhado. O artigo do pessoal do Carnegie mostra que o problema não é com a teoria, mas sim com o método de procura.
Esse resultado mostra que a teoria é sim válida e, mais especificamente, mostra que a nossa Via-Láctea foi formada canibalizando suas anãs satélites.

Rasantes sobre Phobos hoje; um suvenir de Phobos amanhã


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Phobos é uma das duas luas de Marte (a outra é Deimos) que mais parece uma grande batata espacial. Seu nome significa medo; deimos significa terror. São bem apropriados para acompanhar Marte, o deus da guerra. Além da aparência, alguma coisa não está certa com Phobos. Parece sólido, mas estudos anteriores mostram que ele não é denso o suficiente para ser sólido em sua essência.


Na verdade, entre 25% e 35% de sua estrutura é porosa. Os astrônomos pensam mais em Phobos como uma pilha de pedrugulhos amontoados juntos. O amontoado é formado por pedras grandes e pequenas que muitas vezes não se encaixam direito, deixando grandes espaços vazios entre uma rocha e outra e dando esse característica porosa.
No último dia 3 de março, a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia, deu o primeiro de uma série de rasantes sobre a superfície de Phobos com o intuito de mapeá-lo em grandes detalhes. Nesse primeiro sobrevoo, a própria transmissão dos dados por rádio foi usada para se ter uma noção mais precisa sobre a gravidade (e portanto da massa) de Phobos.
Phobos sempre mostra a mesma face para Marte, da mesma forma que a Lua em relação à Terra. Para ter acesso à sua face externa, a sonda precisa orbitar em um trajetória que que passe por “trás”. Isso foi conseguido nos dias 7, 10 e 13 de março. Nesses dias, a Mars Express chegou a sobrevoar Phobos a uma altitude de apenas 67 km! Com uma distância tão pequena, a resolução das fotos obtidas é de 4,5 metros.
Um dos objetivos desses rasantes é obter imagens com resolução bem alta para identificar locais de pouso de uma missão a ser lançada em 2011 pela Rússia. A ambição da sonda Phobos-Grunt é pousar em Phobos, coletar uma amostra do satélite e retornar à Terra com ela. A região para o pouso já havia sido escolhida anteriormente, mas agora as imagens de alta resolução obtidas com uma melhor iluminação do terreno indicam dois locais seguros para o pouso. Esse pontos estão indicados no zoom da imagem de Phobos que foram mandadas neste último fim de semana.
A origem de Phobos ainda é um mistério, onde três cenários são possíveis. O primeiro propõe que Phobos é um asteroide capturado por Marte. O segundo sugere que Phobos foi formado no local, enquanto Marte se forma abaixo dele. A última hipótese diz que Phobos é um objeto de “segunda mão”, formado depois de Marte, a partir dos destroços lançados por uma colisão violenta entre um meteoro e a superfície do planeta. A solução desse dilema pode vir com a Phobos-Grunt, daqui a alguns anos.

Marcas misteriosas em lavoura de arroz intrigam Cacequi



                       Fonte: Diário de Santa Maria 


Piloto descobriu a marca na lavoura, por acaso, ao sobrevoar a área.Foto: Fernando Sudbrack

O RBS Notícias desta terça-feira mostra a avaliação de um ufólogo sobre as imagens apresentadas em reportagem do Jornal do Almoço. O repórter Luís Eduardo Silva mostrou sinais que surgiram em uma lavoura de arroz de Cacequi e que despertaram a curiosidade dos moradores.
O sinal, que visto do alto tem o formato de estrela, foi descoberto pelo piloto Fernando Sudbrack. Ele fez fotos aéreas. E você, tem algum palpite do que se trata?

CINEMA - Contatos do 4º Grau !!!


O interessante é que esse filme já era pra ter sido rodado e lançado, mas por atrasos da produtora ficou agendado para 2010.

Quem lembra de contatos imediatos do terceiro grau?
Foi um grande sucesso do cinema mundial e trouxe a tona um dos assuntos mais intrigantes da humanidade que é a ufologia e os contatos extraterrestres.



Agora surge o filme americano que traduzindo seria CONTATOS de 4º GRAU onde o roteiro é do talentoso Olatunde Osunsanmi, que é ex-assistente do diretor Joe Carnahan.

O filme tem momentos chocantes e muitos interessantes onde ocorrem mistérios sem solução numa cidade do Alasca e existem registros de numerosos desaparecimentos que aconteceram nos últimos 40 anos.

A atriz Jovovich interpreta uma investigadora que chega no local para entender o que acontece, sub suspeitas de que federais estejam tentando encobrir o caso. O título faz referência ao quarto tipo de contato de terráqueos com alienígenas: a abdução que é muito difundida no meio ufológico.

A Universal lança o filme nos EUA em 6 de novembro de 2009 e no Brasil, com o título Contato de 4º Grau, chega em fevereiro de 2010.

Vale a pena conferir um pedacinho do que nos aguarda nos cinemas, quando o assunto é ufologia o sucesso de bilheteria é certo e todo mundo tem uma historinha pra contar.



Amphicoelias




Amphicoelias fragillimus
© Animais da pré-história

Amphicoelias , cujo nome significa "dupla cavidade", foi um gênero de dinossauro que viveu durante o período Jurássico há aproximadamente 145 milhões de anos no Colorado, Estados Unidos, classificados em duas espécies: Amphicoelias fragillimus e Amphicoelias altus.  Com 45 metros de comprimento, e 20 metros de altura, pesando cerca de 95 toneladas, foi um dos maiores animais que já viveram na Terra, sendo menor apenas que argentinossauro. Norte-americanos dizem que esse animal é maior que o argentinossauro, porém pela quantidade de fósseis encontrados desse animal não é possível afirmar tal teoria. Amphicoelias foi um saurópode da família dos diplodócios. Quando adultos não tinham predadores naturais, deveriam andar em enormes manadas, migrando de região em região assim que esgotavam as reservas alimentícias do local. 

Amphicoelias Altus
© Avph

A espécie do tipo Amphicoelias, foi nomeada pelo paleontólogo Edward Drinker Cope em dezembro de 1877, para um esqueleto incompleto, consistindo em duas vértebras, um púbis , e um fêmur. Em 1921, Osborn e Mook atribuíram ossos adicionais a Amphicoelias altus, um cúbito (osso do antebraço), e um dente. Henry Fairfield Osborn e CC Mook notou a semelhança geral entre o Amphicoelias e o Diplodocus, bem como algumas diferenças fundamentais, como os membros anteriores proporcionalmente mais no Amphicoelias que no Diplodocus. O femur do Amphicoelias é invulgarmente longo, delgado, e redondo na seção transversal, enquanto esta redondeza já foi pensada para ser uma outra característica distintiva do Amphicoelias, este osso tem sido encontrado em alguns exemplares de Diplodocus. Amphicoleias altus também foi similar em tamanho ao Diplodocus, estimada em cerca de 25m de comprimento. 

Tamanho do Amphicoelias (vermelho) relacionado a outros saurópodes.
© Wikipédia

Produzir uma estimativa do tamanho total do Amphicoelias fragillimus requer dimensionamento dos ossos das mais conhecidas espécies de diplodocóides, no pressuposto de que as suas proporções relativas foram semelhantes. Em seu trabalho original, Cope tem notado que em outros dinossauros saurópodes, especificamente o Amphicoelias altus e o Camarasaurus, os fêmures foram sempre duas vezes tão altos quanto a mais alta vértebra dorsal, e estimado o tamanho de um Amphicoelias fragillimus.

Tamanho Amphicoelias Fragillimus
© Animais da pré-história

Dados do Dino:

Nome Científico: Amphicoelias fragillimus, Amphicoelias altus.
Tamanho: 45 metros de comprimento e 20 metros de altura.
Peso: Cerca de 95 toneladas.
Onde viveu: América do Norte.
Quando viveu: No período Jurássico.
Dieta: Herbívoro

Braquiossauro




© Raúl Martin
Detalhes de como era o Braquiossauro
  
O Braquiossauro cujo nome significa "Braço de lagarto", dado os seus membros anteriores  serem maiores que os posteriores, era um género de dinossauros saurópode que viveu durante o fim do período Jurássico. Seu pescoço tinha 10 metros e ele tinha mais de 15 metros de altura, 25 metros de comprimento, e chegava a pesar 115 toneladas. Sua característica marcante era uma parte elevada de seu crânio, que fazia tipo uma crista em sua cabeça, o que de fato o tornava semelhante ao Giraffatitan. O primeiro Braquiossauro foi descoberto em 1900 no Colorado, EUA, mas também viveu na área onde se localiza hoje a Argélia e a Tunísia, há aproximadamente 144 milhões de anos, durante o período Jurássico. Esse animal provavelmente não poderia erguer-se nas patas traseiras como mostra o filme "Jurassic Park", pois elas eram mais curtas que as dianteiras. Mesmo assim sua altura lhe permitia, sem esforço, comer as copas das árvores, que era sua atividade principal. 

© Brian Franczak
Tamanho do Braquiossauro em relação as árvores


O Braquiossauro passava a maior parte do dia comendo folhas de suas árvores prediletas como as coníferas , cicadáceas e ginkgoáceas. Algumas estimativas, baseadas em modelos reconstruídos com ossos e musculatura calculada, situavam o seu peso entre 32 toneladas a 37 toneladas .Contudo estudos demonstam que este animal podia chegar a pesar mais de 70 toneladas. Durante muito tempo julgou-se ser este o maior dinossauro a ter existido. Porém sabe-se agora que vários titanossauros, como o Argentinossauro por exemplo, eram maiores que o Braquiossauro. Recentemente foram descobertos outros tipos de Braquiossauros sendo eles o Superssauro e o Ultrassauro, o maior de todos os dinossauros encontrados. Calcula-se que, para abastecer seu corpanzil, comia mais ou menos 2 toneladas de plantas por dia. Apesar do grande peso, podia desenvolver uma velocidade de aproximadamente 20 km/h e com certeza a terra devia tremer.

© Gregory S. Paul
Braquiossauros passeando pela floresta

Como as narinas desse enorme saurópode ficavam no alto da cabeça, muitos cientistas acreditavam que ele vivia na água, comendo plantas aquáticas no fundo de lagos e rios. Nesse caso seu corpo ficaria debaixo da água e de vez em quando aparecia a pequena cabeça com as narinas através das quais ele respirava. Mas essa teoria foi superada, pois sabe-se que seus pulmões não teriam suportado a pressão da água.

© Joe Tucciarone


Dados do Dinossauro:

Nome Científico: Brachiossaurus brancai, Brachiosaurus altithorax
Tamanho: 25 metros de comprimento e 15 metros de altura 
Peso: Cerca de 90 toneladas
Quando viveu: Jurássico
Onde viveu: América do Norte e África
Dieta: Herbívora

Camarassauro


© Raúl Martín
Grupo de Camarassauros
 
O Camarassauro foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu no fim do período Jurássico. Media cerca de 15 metros de comprimento e pesava cerca de 19 toneladas. O nome camarassauro ("lagarto câmara", como visto anteriormente) é em virtude das câmaras de ar que este dinossauros possuía em suas vértebras e que, provavelmente, serviam para reduzir seu peso. Os camarassauros conseguiam erguer-se facilmente sobre as pernas traseiras atingindo uma altura de quase 10 metros, eles faziam isso para comer as folhas das árvores mais altas e/ou as folhas das copas das árvores. Segundo alguns estudiosos, para se defender os camarassauros usavam as patas dianteiras, dotadas de garras, e o seu longo rabo. O camarassauro viveu na América doNorte, embora existem fortes vestígios de que também tenha vivido na Europa. 

© James Gurney
Detalhe do corpo do Camarassauro

Cada pé gigante deu cinco dedos, com o dedo do interior com uma garra grande afiado para a auto-defesa. Como a maioria dos saurópodes, as pernas da frente eram mais curtas do que as patas traseiras, mas a posição elevada dos ombros, teria sido pequeno declive na parte traseira. Em alguns saurópodes, houve ausência das projeções de cada vértebra, mas a ausência de tais estruturas da coluna vertebral de Camarasaurus sugere que não foi capaz de elevar-se sobre as patas traseiras. 

© Dmitry Bogdanov
Grupo de Camarassauros correndo de um possível ataque predador

As vértebras foram, no entanto especializadas. Servindo ao propósito de peso de poupança, como visto em muitos saurópodes mais tarde, algumas das vértebras foram escavadas. Esse recurso pode ter contribuído para o nome de "lagarto com câmaras". Como um elefante moderno, o Camarasaurus parece ter tido uma cunha do tecido esponjoso na base do calcanhar, para suportar o peso de uma criatura tão grande. O pescoço e o contra-balanceamento da cauda eram mais curtos do que o habitual para um saurópode deste tamanho. O Camarasaurus, novamente como alguns outros saurópodes, tinha um alargamento da medula espinhal perto do quadril. Paleontólogos acreditavam inicialmente que existia um cérebro segundo, talvez necessário para coordenar uma criatura tão grande. 

© Dk 
Detalhe do corpo do Camarassauro

Dados do Saurópode:

Nome científico: Camarasaurus supremos, C. grandis, C. lentos, C. alenquerensis e C. lewisi
Tamanho: 15 metros de comprimento
Peso: Cerca de 20 toneladas
Onde viveu: América do Norte
Quando viveu: Jurássico
Dieta: Herbívoro


Postosuchus


© BBC

Postosuchus era um dinossauro basal que viveu no que é hoje a América do Norte durante o meio até o final do Período Triássico.Era um ser Rauisuchia, um primo de crocodilos e veio do mesmo ancestral dos dinossauros. Seu nome significa "crocodilo de Post", em homenagem ao Quarry Post no Texas, onde muitos fósseis do gênero foram encontrados. Foi o predador dominante de sua área, durante o Triássico, maior do que o pequeno dinossauro predador de sua época: o Coelophysis. Ele era um caçador que provavelmente caçava dicinodontes e muitas outras criaturas menores que ele.

© Ivan Stalio

O Postosuchus era um réptil quadrúpede com um crânio largo e uma longa cauda. Este carnívoro atacado com suas grandes garras curvas. Media cerca de 4,5 metros de comprimento e foi sustentado por pernas colunares (uma característica bastante incomum em répteis). Um crocodilo com o focinho repleto de muitos dentes afiados, os quais eram usados para matar suas presas. Possuia placas em suas costas que formaram um escudo defensivo.

© Nobu Tamura

O esqueleto do postosuchus correspondia ao de um ágil quadrúpede que também conseguia levantar-se e correr com as patas posteriores, mais robustas e compridas do que as anteriores. Os ossos que formavam a articulação da bacia com a pata ofereciam fortes pontos de inserção a poderosos músculos que lhe permitiam uma passada energética. A coluna vertebral era muito resistente na região do pescoço, sustentando o poderoso crânio.


Dados do Réptil:

Nome científico: Postosuchus
Tamanho: 4,5 metros de comprimento. 
Peso: Cerca de 1 toneladas. 
Onde viveu: América do Norte 
Quando viveu: Período Triássico.
Dieta: Carnívoro



Fóssil revela possíveis cores das penas de dinossauros



 
Estouro de Terizinossauros em cima de um bando deSinosauropteryx
© Luiz Rey

O grifo era uma animal fabulos, metade águia, metade leão. A fera rugia com uma enorme bocarra leonina, enquanto sacudia a juba negra e alçava voo com seu corpo de águia, estendendo suas asas imensas e exibindo garras afiadíssimas. O grifo fazia parte da mitologia dos antigos persas, há 2.500 anos. Em 2010, a realidade superou a ficção. Imagine um ser bípede, meio réptil meio ave. Suas mandíbulas ainda possuem presas, mas começam a assumir a forma de um longo bico afilado. O bicho tem o tamanho de um dálmata, só que desprovido da adorável pelagem branca pontilhada de manchas negras. Pelos são exclusividade dos mamíferos, o que não é o caso desse bicho. Apesar de tecnicamente tratar-se de um réptil, o animal não tem as escamas de uma cobra nem a couraça de um crocodilo, muito menos a carapaça de uma tartaruga. O animal (ainda) não é uma ave e, portanto, não é dotado de asas, mas possui pés de uma descomunal galinha, e é todo emplumado, da cor do gengibre. No topo do cocuruto exibe uma crista majestosa que causaria inveja ao último dos moicanos. E a cauda, comprida como a dos cangurus, é coberta por uma espessa penugem colorida, formando um padrão anelado que alterna tons de gengibre e creme – remetendo imediatamente aos apêndices peludos dos lêmures de Madagascar. Só que o bicho não é sul-americano nem africano. Ele é um dinossauro chinês. Seu nome é Sinosauropteryx prima, o “primeiro lagarto chinês emplumado”.
Fóssil do Sinosauropteryx
© Peter Moon

Antes do Sinosauropteryx, os dinossauros não tinham cor. Seus fósseis podiam ser descomunais como o crânio de um tiranossauro ou delgados e delicados como os ossos petrificados dos primos alados dos dinossauros, os pterossauros. Mas um fóssil é uma pedra. O fóssil é a representação na rocha de um organismo que um dia existiu, morreu e teve as células do seu esqueleto (mas também, em circunstâncias muito raras e especialíssimas, dos órgãos internos, do couro e das penas) substituídas por minerais. Por isso, os fósseis não têm cor. Sua tonalidade vai do branco-gesso ao negro-carvão. Qualquer coloração do espectro que adornava os animais extintos e fugia da monotonia monocromática da ausência ou do excesso de negro se perdeu ao longo do processo de fossilização. Este era um dogma da paleontologia. Este dogma vingou por 200 anos. Caiu em desuso semana passada, com a descoberta dos pigmentos cor de creme e de gengibre do Sinosauropteryx. “Eu sempre disse aos meus alunos que existia um monte de coisas que nós podíamos aprender com os dinossauros,” conta o inglês Mike Benton, um dos líderes da pesquisa e paleontólogo da Universidade de Bristol. “Duas coisas que nunca poderíamos saber eram os sons que produziam e quais as suas cores. Eu estava errado.”
Reconstrução do Sinosauropteryx
© Julis T. Csotonyi

Os restos do Sinosauropteryx foram descobertos em 1996, na província chinesa de Liaoning. O animal viveu no período Cretáceo, há 125 milhões de anos. Os paleontólogos do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de vertebrados, em Pequim, ficaram boquiabertos com o estado de preservação do bicho. Podiam-se ver as impressões das magníficas penas que cobriam seu corpo. Foi o primeiro dinossauro com penas preservadas. O achado deu impulso aos defensores da hipótese de que os dinossauros não se extinguiram há 65 milhões de anos. Um ramo deles, os terópodes, bípedes e carnívoros cuja maior estrela é o tiranossauro rex, sobreviveram até nossos dias como aves. A teoria surgiu nos anos 1970, quando ficou evidente que os ossos da bacia de dinos e aves eram parecidos. Desde o Sinosauropteryx, vieram à luz outros fósseis para reforçar a hipótese, como aves com dentes e dinos com asas. Em 2007, americanos extraíram DNA do fêmur de um T-rex. Parecia DNA de galinha.
Sinosauropteryx provavelmente em ritual de acasalamento
© Imagem divulgada pela Revista Época

O impulso final para fazer da teoria um fato foi a descoberta das cores do Sinosauropteryx. Tudo começou em 2006, com o estudo de uma lula fóssil feito por Jakob Vinther, na Universidade Yale. À luz do microscópio, Vinther identificou no saco de tinta da lula a existência de microesferas. Eram idênticas aos melanossomas, estruturas de pigmento das lulas vivas. Mas melanossomas são responsáveis pela cor de muitos animais, incluindo aves. Ao investigar uma pena fóssil de 47 milhões de anos, Vinther viu melanossomas iguais aos dos estorninhos, passarinhos de um escuro iridescente.

Fóssil reforça o parentesco entre dinos e aves




A tese de que parte dos dinossauros não acabou, mas evoluiu e se transformou em aves, está se tornando cada vez mais comprovada. A descoberta de um pequeno fóssil na China reforça a teoria. Já batizado de Haplocheirus sollers, ele é um réptil parente próximo dos primeiros pássaros, e ajuda a esclarecer algumas lacunas do elo perdido entre dinossauros e pássaros. O réptil descoberto é da família dos alvarezsaurídeos, um grupo semelhante às aves, mas que não se transformou nelas. A novidade é que o H. sollers é 63 milhões de anos mais velho que os seus familiares conhecidos. “É como encontrar um parente perdido há muito tempo”, compara o cientista Jonah Choiniere, da Universidade George Washington, nos EUA, em entrevista ao G1.

Com a descoberta, publicada na revista "Science", o fóssil se torna o ancião dos alvarezsaurídeos, e por consequência o bicho de sua família mais próximo do grupo maniraptora, o ramo evolutivo dos dinossauros que inclui as aves. A reconstituição feita pelos cientistas mostra que oH. sollers era parecido com um avestruz, mas com um rabo comprido. O bicho viveu há cerca de 160 milhões de anos, no período jurássico superior, e tinha entre 190 e 230 centímetros de comprimento. No lugar do bico, levava pelo menos trinta pequenos dentes presos aos maxilares.